Aumenta a presença de bactérias super-resistentes em hospitais brasileiros

Aumento da prevalência de bactérias super-resistentes em hospitais brasileiros Pesquisa apresentou que, em 2023, 6,5% das amostras em unidades de saúde testaram positivas para microrganismos resistentes, aumentando em relação aos 6% de 2022. A bactéria Klebsiella pneumoniae caiu de 60,5% para 53,1% das amostras, enquanto Acinetobacter baumannii saltou de 13,6% para 24,1%.

Close-up of a scientist examining bacteria cultures under a microscope in a modern lab.
Close-up of a scientist examining bacteria cultures under a microscope in a modern lab.

Um novo levantamento nacional mostrou que a presença de bactérias super-resistentes em hospitais brasileiros aumentou em 2023, acendendo um alerta para o risco crescente da resistência antimicrobiana (RAM) no país. O estudo revelou que 6,5% das amostras analisadas em unidades de saúde testaram positivas para microrganismos resistentes — um aumento em relação aos 6% registrados em 2022.

Entre os dados mais preocupantes está a mudança no perfil das espécies predominantes. A bactéria Klebsiella pneumoniae, historicamente uma das mais frequentes em infecções hospitalares, teve queda relativa nas amostras: passou de 60,5% para 53,1%.
Por outro lado, houve um aumento significativo de Acinetobacter baumannii, que saltou de 13,6% para 24,1% dos isolados, indicando um novo padrão de circulação de microrganismos resistentes.

Especialistas destacam que esse avanço está diretamente relacionado ao uso inadequado de antibióticos, à automedicação e à falta de políticas mais rigorosas de controle de infecções hospitalares. A resistência antimicrobiana compromete tratamentos, aumenta internações e representa uma das maiores ameaças de saúde pública da atualidade.

Embora o cenário seja desafiador, os dados reforçam a necessidade de monitoramento constante, boas práticas de higiene, uso racional de antibióticos, além do fortalecimento das estratégias de vigilância microbiológica.

Essa mudança no perfil das bactérias hospitalares exige atenção imediata de gestores e profissionais de saúde para evitar que novos surtos de microrganismos multirresistentes se espalhem.

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